sábado, 23 de junho de 2012


RESSOCIALIZAÇÃO DE DETENTOS

É PERFEITAMENTE POSSÍVEL


Estamos perdendo um tempo precioso, negligenciando por completo a possibilidade real de ressocialização de detentos (com poucas exceções), no que concerne às formas de crimes ou delitos por eles praticados, bem como do seu respectivo perfil psicológico. 

É sabido que, para um adequado tratamento psicológico ou psicoterápico, demanda certo tempo e de forma programada.  Atualmente nosso código de processo penal, através dos seus regimes de progressão de penas e mesmo aquela penas consideradas como alternativas (onde o transgressor não fica recluso), não contribuem em nada, para um possível processo de tratamento psicológico.   Os presos não ficam recluso tempo suficientemente necessário para se fazer, ao menos, um trabalho inicial de entrevista com o propósito de se identificar nos presos, traços peculiares que os fizesse denunciar possíveis causas que os levaram a cometer toda sorte de delitos, inclusive os letais. 

Este possível tratamento psicológico, se incorporado ao sistema, tanto prisional quanto judiciário, seria responsável por determinar e apontar, quais presos gozariam de benefícios como indultos, como natal, de pais, entre outros, ou os que se beneficiariam com os regimes de progressão, aumentando e muito as chances de se fazer uma correta seleção, para que minimize as chances de reincidência e conseqüentemente de fuga. 

Seria preciso que, pelo menos aqueles que fizessem parte de um programa de tratamento psicológico, alterasse, reprogramasse ou adiasse, possíveis planos de liberdade provisória ou condicional, à fim de que possam eles se beneficiarem do tratamento, do contrário, ao retomar o contato com o mundo e a vida anterior, poderá, com certeza sofrer alguma forma de recaída, quanto à voltar a praticar, o que a vida anterior o fez ir para a prisão. 
Seria preciso realizar um estudo primário dentro de todo sistema prisional, como cadeias e presídios, à fim de levantar e planejar, quais profissionais deverão fazer parte da equipe de trabalho, como Psicólogos, Psiquiatras, Psicanalistas, Psicoterapeutas (provavelmente todos) e o tempo mínimo de tratamento, respectivo para cada preso, sendo que cada um envolve formas diferentes de abordagem, conforme o delito e pena à cumprir de cada um.   Seria levantado um critério de avaliação, para se determinar a forma de como se darão as prioridades de atendimento, á fim de se definir quem fará parte da fila primeiro e quem serão os últimos. 

Todavia, acredito que o maior “entrave” para concretização de qualquer projeto de ressocialização, seja em primeiro lugar, a falta de vontade e de interesse, uma vês que, sempre que se fala nessa idéia, é logo sufocada por projetos grandiosos e onerosos, que nunca e jamais se quer, saíram do papel ou cabeça de quem os planejou.  Superado esse “grande obstáculo”, tudo mais, que se refere, virá naturalmente. 

Acredito no sucesso do projeto de ressocialização, porque tem muita gente lá dentro, preso, “marinheiro de primeira viagem”, que tomou atitudes desesperadas, por ver seus familiares passando fome e dificuldades.  Presos que só querem ter uma chance de recomeçar de novo, mas que a burocracia judiciária (que funciona apenas para quem não pode pagar um bom advogado), não permite.

                                                 Amadeu Epifânio 

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !                                                                        
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