terça-feira, 27 de setembro de 2011

SER HUMANO – Tantos recursos e tão pouco conhecimento de si mesmo.

O ser humano poderia, tranquilamente, ser comparado à um carro importado de última geração, repleto de acessórios e recursos eletrônicos e tecnológicos, porém, sem o seu respectivo manual de instrução e conhecimento.  E não adianta roubar de outro modelo parecido, visto que cada um de nós é uma edição única de série.  Somos dotados de recursos que nos auxiliam em diversas tarefas e nas condições mais adversas e uma máquina (cérebro) que é uma engenharia revolucionária e que coordena todos os comandos, reações e estímulos à que estamos sujeitos. Só há um pequeno problema de fábrica:  É humano.  O GPS de um carro não é um ser inteligente e independente, pois ele apenas reproduz as informações que lhe foram um dia, incorporados.  Entre nós, humanos, não é diferente, visto que o cérebro também precisa ter seu “banco de dados” preenchido, para que possa nos devolver, sempre que solicitado, em soluções paliativas, provisórias ou definitivas, visto que o lado racional da mente não produz sozinha, recursos, nem soluções, nem remédios.  Apenas faz uso do que, porventura, tenha sido absorvido de útil, produtivo ou qualitativo, para manutenção do seu equilíbrio psíquico.  Veículos estão sempre sujeitos à produzir defeitos, seja em decorrência de fatores externos ou internos, como desgaste de peças e componentes diversos.  Com a máquina humana também não é diferente. Sofremos em demasia, pela ação nociva, lesiva e até fatal, advindo de outros da própria espécie, causando sérios danos internos e externos, necessitando, assim como veículos, de ter de recorrer às diversas especialidades de profissionais, no intuito de restabelecer as funções psicomotoras de seu condutor.   Sofremos ainda, certos desgastes e também, curtos-circuitos, que dificultam e às vezes impedem ou mesmo interrompe de forma súbita a nossa existência, muitas vezes em razão da falta de cuidados, manutenção ou de maior e melhor conhecimento sobre a própria máquina que carrega consigo.  As vias de circulação, através dos seus obstáculos, reprograma constantemente o nosso GPS (lado racional da mente), de forma à nos dar sempre, a melhor direção em cada novo caminho.  O problema é que a maioria de nós, por desconhecimento destes recursos, coloca-se sempre em rota de colisão com tudo e com todos, não respeitando limites de nenhuma espécie e atropelando quase tudo que vê pela frente, por “se achar” melhor que os outros.  Todos estamos sujeitos à passar pelos mesmos problemas ou defeitos e passar pelas mesmas conseqüências, diferenciando-se apenas pelo conteúdo “nutricional”, adquirido em seu bancos de dados, que poderá direcioná-lo à uma vida tanto correta e prazerosa, quanto retrógrada e infeliz, pelo tempo que ele considerar suficiente para mudar de opinião e de vida.  Somos sempre pelo o que somos, não importam as circunstâncias ou o tempo em que ocorrem.  O que nos diferencia entre nós, não é a quantidade de problemas ou defeitos que cada um tenha, mas a forma de como absorvemos e administramos cada um deles.  É isso que faz elevar ou regredir o caráter de uma pessoa.  Cada dia que amanhece é uma nova chance que temos de mudar, melhorar ou manter, o que precisa mudar e o que já está bom e àqueles que se mostrarem indiferentes ou negligentes com as necessidades de mudança, certamente serão somente elas, à sofrer as conseqüências do seu próprio relapso, enquanto nós gozaremos de uma vida plena, feliz, produtiva e promissora, em razão do que um dia plantamos e hoje colhemos.

Viver bem é Possível !  -  Projeto Conscientizar
Amadeu Epifânio – Idealizador

Visite e divulgue o blog do Projeto: amadeuepifanio.blogspot.com

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DOENÇA É DESNECESSÁRIA, A FAMÍLIA PRODUZ SOZINHA.


TRANSTORNO BIPOLAR – CONTRIBUIÇÃO SEVERA DA SOCIEDADE JÁ É O BASTANTE.

Existe hoje uma classificação mundial, de mais de 150 formas de Transtorno Bipolar e em cada um deles, abrange pelo menos, quase meia dúzia de comportamentos relacionados com aquele distúrbio específico, o que nos deixa, como pais, bastante apreensivos e temerosos quanto à saúde mental de nossos filhos.  Seria como classificar cada gesto ou atitude de nossos filhos, diferente do que seria para aquilo que consideramos como sendo normal.  Mas normal, pra quem ?   E o que é ser normal num mundo onde os valores estão se perdendo e dando lugar às formas corruptivas de se obter vantagens e favorecimentos diversos e não estou me referindo somente à políticos, mas à população de uma forma geral, quando prefere pagar “por fora” ao policial, para não ter que receber em casa a multa por estacionamento proibido ou por excesso de velocidade.  O que poderia ser considerado como dar à si próprio uma medalha de honra ao mérito, por saber que pode continuar errando que haverá sempre, do outro lado, um policial também corrupto, disposto a aceitar o seu dinheiro em situações futuras.  Até que a imprudência, um dia, o tire de vês do trânsito.  E é sob este modelo e outros que tanto nos orgulhamos, que cresce nossos filhos, sem contar a falta de afetividade e diálogo, sacrificados em função de uma série de atividades e compromissos de natureza diversa.  Mais parece que ainda não nos damos conta do cabo-de-guerra diário e constante de disputa que envolve nossos filhos.  Na mesma proporção (ou pior), à medida que desperdiçamos tempo precioso para com nossos filhos, podendo ensiná-los, educá-los, amá-los e orientá-los, nosso maior adversário, um mundo globalizado, corruptivo, violento, retrógrado de valores, está contaminando-o com uma série de influências e ideologias práticas e imediatistas, remando contra aos ensinamentos que tentamos passar à eles.  E como essa guerra começa cada vês mais cedo (com internet e celulares), não é mais tão incomum, as divergências sérias, entre pais e filhos.  Outro agravante é o despreparo dos pais em acompanhar o avanço de toda essa dinâmica comportamental e diferenciada, quanto ao que se refere ao nosso modelo familiar, talvez mais conservador.  Ao contrário disto, colocamos em casa (presenteando-os), dispositivos que os mantém “desligados” de nós, como computadores e celulares, sem o devido monitoramento à respeito de um uso mais controlado e conciliado com o ambiente familiar.  Enfim, não é preciso que os filhos nasçam “premiados” com alguma forma de distúrbio, pois que a sociedade hoje, incluindo o paradoxo familiar, por si só, já é responsável por promover e desencadear, nos filhos, alguma forma de transtorno de personalidade, pois, quem é que têm a capacidade (tão cedo) de compreender, que os pais acabam jogando os filhos para a mesma cova de leões que tanto os aconselhamos à manterem-se distantes.  E depois dizem que ter filhos é difícil ou que educar filhos é complicado.  Pudera.  Como sempre digo:  Somos pelo o que somos.   Veja se a “ficha” não caiu pelo chão.

                      Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !
AJUDEM A DIVULGAR ESTE BLOG

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BORDERLINE - Menos preconceito e mais ajuda.

BORDERLINE – Julgado pelo presente, condenado pelo passado.

Tenho lido alguns textos tirados da internet, com relatos sobre o comportamento inconstante, inseguro, depressivo, agressivo, fóbico, entre outros.  Li também relatos de pessoas com transtorno bipolar borderline.  Senti-me no dever de tomar esta bandeira, para tentar, até onde fosse minha capacidade e minhas limitações, ajudar no que fosse possível, pois que, para quem leva consigo essa cruz, passa para os que com ele ou ela convive, a impressão de estar vivendo um calvário.  Não vi, em nenhum relato, de nenhum borderline, qualquer forma de esperança ou de perspectivas de ver seu transtorno – nos dois sentidos da palavra – um dia terminar.  Se isso acontece, é porque muito pouco (ou nada) se tem evoluído em pró de uma investigação (quando há), no sentido de se descobrir a causa principal que originou um dia, na infância, o transtorno bipolar borderline.  Mais parece uma pena que não caduca.  É atribuído ao borderline, não uma pena à ser cumprida (que é conviver com a doença), mas o dogma ou o legado de carregar consigo uma condenação sem julgamento, de que não há solução ou “absolvição” à curto prazo para a sua culpa (se fosse esse o caso).  Alguém ou algum evento foi responsável por desencadear este transtorno e que somado ao seu ambiente, muitas vezes despreparado para lidar com o inesperado, se mostra tão fragilizado quanto, sofrendo e passando ao borderline as mesmas reações, decorrentes da mesma falta de perspectiva de cura, tanto quanto o borderline e que ainda sim, este passa à ser severamente condenado à culpa de subtrair, dos que com eles convive, a mesma tranqüilidade tão desejada e que o borderline não têm a menor culpa de sua chaga, embora também muito a deseje.  Se acha difícil conviver com um borderline, imagine ele ou ela ter que conviver com pessoas que até querem ajudar, mas que se sentem impotentes diante da doença e que muitas vezes em razão disso, manifestam reações de abandono e desprezo, por não conseguir suportar uma (ou várias) crises de alterações graves de humor provenientes dele ou dela.  Se um borderline, diante de suas limitações, impostas pelo TB, ainda reúne forças para se tratar e tentar conviver de forma harmônica e pacífica para com os seus familiares, então estes também precisam juntar forças para ajudar um borderline à encontrar o seu equilíbrio, que consiste na retomada do seu controle sobre a doença e sobre si mesmo.  Imagine a doença como uma balança em desequilíbrio e o tratamento (ainda que apenas com medicação), sejam pequenos pesos colocados de um lado desta balança, para buscar o equilíbrio emocional do paciente.  A família pode ajudar, buscando obter no borderline, comportamentos e temperamentos que podem “denunciar” o início de uma nova crise e, se identificado, tentar neutralizar os efeitos, evitando palavras ou atitudes capazes que gerar uma nova crise.  Quem sabe cumprindo uma agenda diária, de tarefas fáceis (para se evitar a ansiedade, inimiga nestas horas)  e constantes, possa desviar o foco constante na doença e tentar reaver, de forma gradativa e progressiva, o controle sobre si.  Visitar lugares, ver preços de determinados produtos em lojas diferenciadas, fazer anotações num caderno próprio e específico, de como se sente à cada dia.  Trocar novelas por filmes que não provocam expectativas, nervosismos ou ansiedades.  Ouvir música agradável também pode ajudar.  Evitar bater de frente, contrariando vontades, mas fazê-lo em forma sugestionada, em sinal de respeito às limitações de alguém que não tem culpa de “fazer tanto barulho”, ao arrastar sua própria cruz.  E por falar em cruz, não vi ninguém mencionar Deus para ajudar.  Não O questione, pois Êle não é responsável pelo o que está ocorrendo, mas com certeza será de grande ajuda, se não formos tão orgulhosos ou individualistas nestas horas.  Explore a doença, anote tudo que julgar necessário.  Observe reações em certas horas do dia ou com determinadas pessoas ou realizando certas atividades.  Descubra se há uma padronização para as crises e anote, horário, dia, o que disse e como disse. Evite contrariar e discutir durante as crises.  Lembre-se que ele ou ela pode estar sob efeito do transtorno, manifestando reações que estão ocorrendo na sua mente e que não podem ser relevadas especificamente pela pessoa mais próxima naquele momento, mas que precisam ser relevadas para efeito de tratamento, com “dicas” de sentimentos, sensações ou reações, que um dia fizeram mudar sua vida pelo avesso.  Ta legal ?  beleza.
.
                                                                                   Amadeu Epifânio
.
Lembre-se:  Viver bem é Possível !   -   Somos pelo o que somos.
.
Projeto Conscientizar – amadeu.epifanio@hotmail.com
.
AJUDEM A DIVULGAR ESTE BLOG.   Obrigado.

domingo, 11 de setembro de 2011

ÁLCOOL – O QUE SE ESCONDE POR TRÁZ DE UM CHOPINHO INOCENTE ?

Se álcool e direção não combinam, como esperar que os jovem dirijam suas vidas sob o efeito do álcool ?
.
Respondendo à uma entrevista me enviada por e-mail, sobre o álcool e suas conseqüências nos jovens, resolvi compartilhá-las com vocês, dada a preocupação que eu tenho, só de imaginar que as pessoas bebem, mas sem saber porque estão bebendo. Eu reduzi a entrevista para apenas duas perguntas mais importantes, que são elas:
.
a) Porque os jovens estão começando a ingerir bebida alcoólica cada vês mais cedo ?
.
Por uma série de razões, mas antes de mencioná-las, é preciso que saiba de uma coisa importante: Que o ato (ou a iniciativa) de buscar o álcool, ainda que seja aquele chopinho inocente é, na verdade, uma atitude involuntária, e não consciente como muita gente acredita, assim como acontece também, com a procura pelo primeiro contato com as drogas. Essa busca involuntária é resultado da soma de alguns fatores psicoemocionais, que faz com que uma parte da mente, responsável por promover o equilíbrio psíquico do indivíduo, oferece à ele o álcool como uma das opções para conter momentos de desconforto ou de carência (não relevado por uma grande maioria das pessoas). Veja bem, Somos movidos, mais pelo lado emocional do que pelo racional, visto que este último é quem controla nossos impulsos e temperamentos diante das nossas adversidades, dores e sofrimentos de toda sorte, como ? Para o cérebro lhe oferecer o equilíbrio necessário, iniciativa, discernimento e capacidade para resolver seus problemas, é condicionalmente necessário que você tenha colocado isso antes na cabeça, concorda comigo ? Teu lado racional não inventa resposta nem atitude, apenas faz uso daquilo que está disponibilizado até o presente momento da tua necessidade. Se encontra, beleza, você resolverá teus problemas com presteza, equilíbrio e inteligência, senão, ocorre simultaneamente duas situações: há um aumento gradativo do estado de ansiedade, que por conseqüência aumenta o nosso estado de carência afetiva (agravado ainda pelos novos padrões familiares modernos, que não preza muito o aspecto afetivo) e, conseqüentemente ocorre a segunda situação, que é a mente fazer uso do modo de vida da pessoa, para ajudar a conter seu desconforto emocional. Aí entra as amizades, as baladas e o chopinho. Por mais inocente que pareça uma saída com os amigos para tomar um chopp, tudo é um estado momentâneo da mente, que se direciona conforme seu nível cultural e psicológico. Quanto ao fato de ser mais cedo, já disse, os padrões familiares não preza muito o aspecto afetivo e como o ser humano é carente de natureza (embora, repito, não releve), ele compensa essa falta cada vês mais cedo, seja no álcool, no cigarro ou nas drogas.
.
b) De que forma a família pode orientar os filhos sobre o consumo de bebida ?
.
Veja bem, é muito difícil e complicado, alertar alguém sobre consumo de bebida alcoólica. É como dizer pra alguém que coca-cola faz mal. Relembrando o que foi dito na primeira resposta, é o estado de carência que aproxima as pessoas do álcool e, se alguém está carente é porque lhe falta algo, concorda comigo ? Se alguém está carente e vai beber, isso é uma atitude paliativa de solução e que pode causar algum tipo de problema. Melhor do que tentar orientar (em vão) os filhos, é proporcionar-lhes mais estabilidade emocional, só que isso não se resolve com palavras, porque simplesmente o jovem não sabe que está carente. Para ele, ele quer apenas sair com os amigos e se divertir e tomar um chopinho inocente. Essa carência é involuntária e inconsciente e portanto, se resolve da seguinte forma: Primeiro: mais estabilidade conjugal entre os pais ou duração mais curta entre os desentendimentos; Segundo: Maior harmonia no lar; Terceiro: Mais diálogo em família; mais presença física e psicológica dos pais; mais palavras sinceras do tipo TE AMO, ME ORGULHO DE VOCÊ, SEI QUE VAI CONSEGUIR PORQUE VOCÊ MERECE... Demonstre maior interesse pela vida dele, mas sem o intuito de controlar. Acompanhe suas atividades, na escola, no esporte, com namoros, abra um canal para que ele se sinta à vontade para conversar aqueles assuntos mais picantes, como drogas, virgindade, preservativos, anticoncepcionais, álcool, homossexualismo, trate os filhos de forma igual, sem prevalência de um em detrimento do outro. Enfim, deixe os filhos perceberem que os pais fazem parte da vida deles e que estão inseridos no contexto familiar. Essa é a melhor forma de prevenção, tanto de álcool quanto de drogas. Outra coisa que muito contribui para orientação e prevenção contra o alcoolismo precoce. Desde cedo, ajude os filhos a tomarem suas próprias decisões, evite tomar decisões por ele. Criança está sempre pedindo coisas (já um sinal precoce de carência de afeto). Ajude-a a entender a relação custo x benefício naquele momento, como preço ou qualidade ou beleza ou durabilidade, etc.   Quando mais jovem, ele precisa saber decidir o que é melhor para ele e o que pode piorar na vida dele, caso ele venha a “chutar o balde”, ou seja, cair de cabeça numa forma de prazer arriscada, como beber ou transar sem camisinha ou sair com a galera de carro, participar de rachas ou tentar voltar  para casa com “alguém de tanque cheio” na direção, etc.   Somos pelo o que somos, uma realidade que sempre pode ser mudada quando os desfechos não se apresentam de forma satisfatória, nem para os pais, nem para a sociedade.  Os postes já começam à se desculpar por estarem sempre no caminho dos jovens. rsrs Já que decidiu ser pai (ou mãe), faça isso de forma completa e correta.
.
Projeto Conscientizar - Viver bem é POssível !
.
AJUDE A DIVULGAR ESTE BLOG

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

TRANSTORNO BORDERLINE

TRANSTORNO BORDERLINE DE PERSONALIDADE
Surgiu, ninguém viu e, por usucapião, ficou.

Eu não posso começar este texto sem mencionar que a provável causa que originou este tipo de transtorno bipolar pode, muito provavelmente, ter ligação direta com o ambiente familiar (ou a falta deste).   Com certeza este é um caso mais sério, envolvendo quase que diretamente a família, do que os casos com drogas, álcool ou delinqüência juvenil.  Este tipo de transtorno, à princípio, se deu em virtude de um “casamento” entre ambiente familiar e algum tipo de distúrbio genético que veio junto com a criança ao nascer.   Este tipo de distúrbio, muito provavelmente, pode ter interferido no humor da criança, porém não deixando ela muito diferente das outras crianças, por ter nascido com este distúrbio; apenas à deixou mais perceptiva do que o habitual, percebendo com mais rapidez as variações de mudanças do ambiente que à cerca, tornando-a mais vulnerável e receptiva, mais dos momentos negativos do positivos. 

Neste tipo de Transtorno Borderline, o ambiente tem quase total contribuição na formação deste perfil patológico.  Os sintomas mais freqüentes são sentimentos de vazio crônico, de rejeição e abandono, real ou fantasioso.  Muito facilmente ficam entediadas, buscando algo para fazer e preencher o “vazio”.   Eu sempre digo que vivemos mais pelo emocional do que pelo racional da mente, sendo este o lado que mais trabalha, se formos considerar a quantidade de vezes que precisamos controlar nossas atitudes impulsivas e nossos descontroles emocionais, contudo, imprescindível deve ser a nossa parcela de comprometimento nesse processo de autocontrole.  Um processo que já deveria começar à partir da formação do nosso caráter primário, quando ainda pequeno, advindo de nossos pais, como disciplina, educação, religião, afeto, ética e solidariedade.  Estes funcionariam como sistema operacional, filtrando, administrando e selecionando melhor as informações úteis, daquela que precisam ser descartadas (embora isso, na realidade, nunca aconteça).  Pois bem, a presença “lotérica” daquele distúrbio genético + a falta deste “sistema operacional”, fez com que o lado racional da mente da criança virasse um quarto de bagunça, com informações, conceitos, sentimentos e carências, tudo junto e misturado, sem organização ou prioridades à serem preservadas.  Resumindo: um verdadeiro curto circuito que precisa agora da presença de um bom “eletricista” (Psiquiatra ou Psicólogo) para pôr as idéias no lugar.  

Outros possíveis sintomas decorrentes deste transtorno Borderline, como a automutilação ou mesmo o suicídio, decorre deste curto circuito, alterando e mexendo no senso de recompensa, responsável por alimentar e satisfazer o que nos causa prazer e bem estar e, sentir-se bem com auto-mutilação, com certeza não é algo saudável, nem para a mente e muito menos para o corpo.  Com certeza uma terapia ocupacional há de restabelecer, gradativamente, a re-organização mental e pôr as coisas e idéias em seu devido lugar.   Não criar expectativas de resultado rápido de cura favorece, pois a ansiedade não ajuda muito nessas horas, além ser prejudicial para o tratamento, pois como não sabemos ao certo (em cada um), a extensão real do problema, fica difícil estabelecer prazos, dependendo mais do desejo de cada um, em querer curar-se e voltar a ter uma vida normal e controlada.  

O segredo está em tentar manter o autocontrole e não deixar se levar pelas seqüelas da doença.  Pedir ajuda para que avise quando estiver agindo sob o transtorno e saber aceitar quando a pessoa avisar.  Isso pode e muito ajudar a manter o próprio controle.  Não abandonar a medicação nem o tratamento.  O trabalho deve ser conjunto.  Fazer uso de todos os recursos que estiver ao alcance do borderline, como amigos, namorados, marido, esposa e principalmente o tratamento, e o mais importante: A proximidade com Deus.  A ligação com Êle pode ser a ajuda necessária para manter uma vida mais estável, tanto social quanto familiar.  Essa é uma batalha para ser vencida um dia de cada vês, com paciência, Fé, investigação psicológica, determinação e terapia ocupacional.        

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SUICÍDIO

BOTÃO DE AUTO-DESTRUIÇÃO – TODOS NÓS TEMOS E ADVINHA...é automático.

Passamos a vida criticando pessoas por cometerem suicídio e mal sabemos que este dispositivo de auto destruição “vem de linha” para todo ser humano nascido e advinha só: seu acionamento é automático, não sendo necessário, portanto, seu acionamento de forma manual.  Mas não precisam entrar em desespero por causa disso, uma vez que esse processo, não ocorre de forma tão simples assim.  Se vocês resgatarem das gavetas os dos seus e-mail’s, artigos anteriores enviados por mim, encontrarão neles, já, as respostas de que precisam para saber como evitar que este botão venha a ser acionado um dia e acredite: se um dia este dia chegar, infelizmente, sua vontade será intencional.  Mas claro, não vamos querer que este  dia chegue, não é mesmo ?    Veja bem, todos nós somos seres flexíveis e variáveis, entre si, com características próprias e peculiar em cada um de nós.  Conseqüentemente temos a capacidade (ou não) de absorver e suportar, dores e sofrimentos, dependendo da intensidade com que eles se apresentam.  Cada um de nós possui seu próprio índice de suportabilidade de dor ou sofrimento.  Para uns, difícil de alcançar como uma aguda nota musical e específica.  Para outros, já não é tão difícil assim, pois quando este índice está próximo do tolerável, já começa a se perceber certas mudanças de atitude, em decorrência do nervosismo e da ansiedade em não ver solução para o problema pelo qual esteja passando, seja ele reversível, ou não (como a morte de um ente muito querido).  Nossa mente tem o dever de nos proporcionar o nosso equilíbrio psíquico, mas ela não faz isso sozinha e precisa muito de nossa atitude voluntária, para nutrir-se de subsídios que possa um dia nos devolver como opção para atenuar nossas dores e sofrimentos.  O mais importante de todos e também o mais negligenciado, continua sendo DEUS.    A forma com que nos mantemos próximo DÊle vai de cada um, porém é preciso que haja um vínculo constante, que se chama confiança, para que conseqüentemente venhamos a fortalecer a nossa fé.  Não se pode ter fé em alguém que não confiamos, não é verdade ?  Assim sendo, ambos são imprescindíveis.   A estabilidade conjugal e familiar são também, fatores primordiais para o equilíbrio emocional, tanto do casal quanto principalmente de crianças, jovens e adolescentes, todos vulneráveis e dependentes e também carentes da harmonia familiar;   tanto que ao menor sinal de instabilidade conjugal é logo sentido pelos filhos, mesmo os pequenos.  Se esta instabilidade acompanha o crescimento deles, vai se misturando com outras memórias recentes e negativas, acumulando e elevando seu índice de suportabilidade de dor.  Harmonia, afeto, diálogo constante e presença (tanto física quanto psicológica), são os recursos anti- destrutivos dos filhos, contra uma série de males que pode recair sobre eles, como as drogas, o álcool, a delinqüência, a marginalidade, culminando com a perda da própria vida, inclusive por suicídio.  O cérebro encontra-se em processo de maturação até a adolescência e caso o indivíduo não estiver enquadrado em um ambiente estável, sociável, harmonioso e afetivo, suas condições emocionais e psicológicas se agravarão e as conseqüências, muitas vezes, tornar-se-ão irreversíveis, tanto para retornar ao convívio familiar quanto para retomar o controle da própria vida.  Não é a quantidade de problemas que nos diferencia mas, a capacidade que cada um têm para absorver e gerenciar seus problemas e quando aprendemos com a vida e com os erros, é que assimilamos conhecimentos e subsídios necessários, para nunca ou tão cedo, termos de chegar a fazer uso, involuntariamente, de recursos auto-destrutivos.  Aproxime-se de Deus, pois todos estamos aqui por Êle e afastar-se DÊle é sair de uma auto-estrada segura para pegar atalhos cujo destino não sabemos onde vai dar.  Drogas, álcool, Bullying, delinqüência, pedofilia, estupro, assassinato, depressão, suicídio, são tudo resultado de uma mente confusa, insegura, desorientada ou perturbada, cujo os problemas não puderam ser contornados ou resolvidos, em razão da falta de capacidade num dado momento e que se aglomeraram, atingiram e ultrapassaram seu índice de suportabilidade de dor.  À partir daí, restringe-se o discernimento e aumenta a vontade de ver seu problema resolvido à qualquer custo, não relevando qualquer conseqüência negativa e futura.  Vale lembrar que, quem chega neste estágio, muitas vezes chega em silêncio, sem a anuência e o conhecimento dos outros, geralmente familiares diretos ou próximos, conhecidos, amigos, etc.  Portanto, deve-se perceber primeiro, possíveis mudanças de hábitos freqüentes, de rotina, de comportamento e por último, de temperamento.   Pessoas decididas à tirar a própria vida, já anularam em si, qualquer possibilidade de resolver seu problema e até por isso mesmo, em alguns casos, mostram-se mais calmas que o habitual.   Eu sempre digo que não precisamos ter coragem para fazer coisa errada;  basta não termos capacidade de fazer o que é certo.   O mundo está ficando individualista demais e se todos se deixarem levar, haverá um grande índice de mortes por suicídio, em razão da solidão que um dia, se abaterá sobre todos, porque o ser humano não nasceu para ser sozinho.  Quer queira ou não, convivemos e dependemos uns dos outros.   Somos pelo o que somos;  colhemos o que plantamos, mas não semeamos e mesmo assim, reclamamos.  Ninguém merece.

.                                                                                                                                                                       Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível ! 
Visite o blog:  AMADEUEPIFANIO.blogspot.com