INVOLUNTARIEDADE – A mente trabalhando em Off-line.
A máquina humana é realmente extraordinária. Contudo, ela não é auto-suficiente e precisa de monitoramento constante, pois, se a deixarmos agir sozinha, o resultado poderá ser catastrófico. Necessita também ser alimentado com conhecimento, como um banco de dados, um estoque de palavras, conceitos, princípios e eventos que oportunamente serão utilizados em ocasiões específicas. O resultado final dependerá do conteúdo adquirido.
Enquanto agimos, nossa mente pensa. Enquanto pensamos, nossa mente processa o que será o próximo pensamento, as próximas palavras e até atitudes. Temos visto à algum tempo, a humanidade tender para atitudes mais práticas, individualista, além de posturas mais agressivas e violentas (como em torcidas organizadas por exemplo. Sinal de que o conteúdo destes jovens está centrado em valores contrários à paz e à harmonia coletiva).
Quando nascemos, nossa mente não se inicia numa escala zero, visto que viemos à este mundo, carregados de uma bagagem genética, que será o ponto de partida para análise de tudo que este novo ser começará a adquirir em sua nova vida, incluindo o convívio familiar. E é aí que o bicho pega. Nossos filhos quando nascem, chegam como quem já entra numa rodovia à certa velocidade e que freio ou controle dependerá apenas de uma boa educação.
Temos sim dois lados que devemos nos atentar para viver e conviver com outras pessoas. Sem percebermos, enquanto vivemos, assimilamos centenas e milhares de informações que irão se juntar ao nosso banco de dados, que em conjunto com o que já adquirimos, (sempre até o presente momento), poderá enriquecer, manter ou alterar o que conhecemos como nosso padrão normal de comportamento e caráter.
Pense numa vitamina de frutas, composta apenas pelas frutas que você gosta (este será o seu padrão). Mas você não pode evitar que outras frutas entrem e se misturem com às demais, alterando levemente (ou não) o “sabor final”. Mas você pode fazer com que aquelas frutas primárias (que serão seus conceitos e valores, quando positivos), prevaleçam suas características de sabor, ainda que constantemente sofram constantes interferências.
Eis aí o antídoto: prevalência de conceitos e valores capazes de administrar condições adversas e manter o equilíbrio psicoemocional para novos desafios. Abster-se de local e pessoas que podem levá-lo à um retrocesso de caráter. Lembre-se que a formação do nosso caráter se faz por uma média-aritmédica da nossa vivência e convivência no “meio” e que um retrocesso, quando possível, pode levar muito tempo para voltar ao normal, que dependerá muito das condições em que estiver inserido. Então por que arriscar ? Lembre-se: Somos... pelo o que somos.
Amadeu Epifânio
Viver bem é Possível ! – Projeto Conscientizar
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