terça-feira, 3 de abril de 2012


FALSO SEQUESTRO – O terror que vêm de dentro dos presídios.

É anseio da sociedade, que um bandido, ao adentrar as dependências de um presídio, que ao menos fiquemos livres da influência de menos um marginal, certo ?  Errado.  Nem mesmo os presídios considerados de segurança máxima, faz jus à este legado.

Prezados, têm este breve desabafo a frustração dolorosa que me abateu dias atráz, quando recebi em minha casa uma ligação, advinda muito possívelmente, de um “inquilino” do sistema prisional.  Ao atender o telefone, do outro lado da linha a vóz de uma adolescente apavorada (que num primeiro momento julguei  que fosse minha filha), se dizendo ter sido assaltada e de estar com o cano de um revólver apontado para a sua cabeça.
Em seguida o meliante pegou o telefone e deu-se início à uma árdua conversa de negociação de tempo para que se providenciasse a quantia requisitada por ele. Após alguns minutos, desconfiei que se tratava de trote, quando ele deu com a língua nos dentes em partes da conversa.
A grande questão é, como um preso, dentro de uma prisão, pode adquirir tamanha liberdade para impôr terror à famílias tão distantes ?  Já não bastasse a dificuldade de pôr um meliante desses atrás das grades; de ser julgado e sentenciado culpado, para enfim tornar-se mais um morador do sistema prisional e mesmo assim, lá de dentro, ainda consegue “trabalhar” ?
Se está ocorrendo esse tipo de liberdade é porque há, do lado de fora, outros bandidos(...) que deveríam estar do lado de dentro, pois que estão recebendo propina para facilitar a vida dos bandidos, fornecendo celulares, sem necessidade de créditos, porque as ligações são à cobrar.
Em certo trecho do filme “O Nome da rosa” o persoangem principal lança uma pergunta ao seu assistente: “Existem um lugar onde Deus se sentiria em casa ?”.   Eu lanço o mesmo tom de pergunta de uma forma diferente: “Existe um lugar onde o preso esteja realmente preso ?”.  Acho que devemos fazer esta pergunta ao secretário de segurança pública ou para o ministro da justiça, se é que existe uma resposta plausível à essa pergunta.
Talvês a resposta esteja na melhoria da formação profissional dos carcereiros, ou de suas condições de trabalho ou de um número que seja proporcionalmente compatível com a população carcerária; ou ainda de sua remuneração (se compatível ou não com a função que exercem).  O fato é, que enquanto essas questões não se resolvem à velocidade de sua demanda, teremos ainda de atender telefonemas de terroristas (de falso de sequestros) e o que é pior, com êxito, pois existe ainda pessoas que, aterrorizadas pelo medo de perder seus parentes e filhos, cedem à chantagem destes elementos, cedendo-lhes as quantias impostas por eles.
DEIXO UMA PERGUNTA AO ESTADO: ATÉ QUANDO ?

                                                                                       Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível ! (Eu quero acreditar nisso).

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