sábado, 21 de abril de 2012



BULLYING – RESPOSTA DE UM PROCESSO PSICOLÓGICO INVOLUNTÁRIO E NEGATIVO.

Apesar do nome, a conduta do bullying sempre existiu, apenas ganhou nome de status.  Já mencionei algumas vezes que nossas atitudes, condutas e até hábitos comportamentais, são provenientes de um processamento de informações realizados pela mente, cuja resposta nunca é definitiva e sempre parcial ao momento oportuno da necessidade.  Esse processamento é um cálculo aritmético de tudo que a nossa mente recebe de informações, também por sua constância e, se não houver muita variação de informações, a conduta começará a seguir padrões, os quais sofrerão certa demora para serem revertidos novamente, no caso da conduta não vir a corresponder ao que se espera de um comportamento ético exemplar.

O Bullying é resultado aritmético que já vem sendo repetido à algum tempo e sua constância acabou por inserir em seu senso de recompensa, que agora sim, necessitará ser repetitivo para satisfazê-lo.  Chegar à este estágio não foi fácil, mas sim resultado de muitas idéias e conceitos errados que foram alimentados e não monitorados quando devia e, dependendo do padrão de vida que está inserido, o tempo para se chegar á este ponto, pode ser demasiadamente rápido.
O desejo dos filhos inseridos neste contexto familiar arredio, é o de afrontamento, porém nem sempre possível, talvez por isso a escolha de vítimas mais quietas e passivas.  A escolha da prática do bullying pode estar ligado à um ambiente mais hostil, desprovido de valores de convivência, respeito e disciplina, ou seja, reflexo de sua forma habitual familiar de viver.

É preciso extrair do(da) jovem que pratica o Bullying, algumas informações essenciais e atuais, tais como:

1)  Qual o grau de convivência satisfatória que ainda resta na relação com os pais ?
2)  A mesma pergunta em relação aos demais membros da família (irmãos, avós, etc) ?
3) Qual o sentimento dele(a) em relação à vítima que escolhera para maltratar ?
4) Que expectativas tem este(a) jovem (se é que tem) de reaver o convívio familiar ?

Alguns fatores podem desencadear o Bullying, tais como:

a)       Conflitos visíveis ou falta de diálogo entre pais e filhos;
b)       Influência externa inadequada ou moralmente oposta;
c)        Conivência dos pais na conduta indevida dos filhos;
d)       Ausência de uma referência positiva à seguir;
e)       Sentimentos de frustração e decepção dos filhos;
f)        Falta de um ambiente harmonioso e afetivo.
Diante de um quadro como este, não é difícil pressupor que se instale um sentimento de frustração aos pais, agora um obstáculo difícil de transpor, considerando a dificuldades de se manter um relacionamento mais harmonioso ou menos conflituoso, provavelmente em razão de condições de vida não muito satisfatórias, cujas conseqüências sempre recaem sobre os filhos, direta ou indiretamente.
Outro fator involuntário e inegável nesse processo são as evidentes formas, distintas e bem variadas de padrões de vida, as quais estão sempre sendo avaliadas e comparadas entre crianças e jovens de mesma faixa etária, principalmente em ambiente escolar, onde se concentra ali, diversas formas diferentes de se educar e de ser família.  Padrões estão sempre sendo comparados e sua relevância poderá ser mais ou menos acentuada (ou até desprezada), dependendo do conceito formado, da família pelos próprios filhos.
Esperar chegar à este estágio, pode demandar muito tempo para reverter e dependerá muito mais dos pais do que de um psicólogo.  Chame os filhos, estabeleça um diálogo aberto, proponha mudanças de melhora e cumpra.  A resposta à solução ao Bullying (assim como nas drogas) está primariamente evidenciada na família.  Filhos e conduta é só conseqüência. 
                                                                                                               Amadeu Epifânio
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