sexta-feira, 11 de maio de 2012

TRANSTORNOS BIPOLARES – Sensibilidade à flor da pele.

                          Se há um fator determinante em pessoas com transtorno bipolar é a sensibilidade aguçada, seja recorrente do próprio transtorno e durante as crises, seja posterior à estas, em virtude do cansaço emocional, em carregar essa cruz por um calvário interminável.
Como desgraça pouca é bobagem, os transtornos vêm acompanhados de comorbidade, isto é, de uma segunda patologia, como outras formas de transtornos, sem contar as conseqüências recorrentes, como depressão, instabilidade de humor e até ideação suicida.
Dificuldades semelhantes estão também nas pessoas que convive com um ente querido nessas condições, como pais, esposas, maridos ou namorados (como ocorre na grande maioria dos casos).  Mesmo em convivência (que deveria ser um fator positivo para os dois lados), na verdade ambos sentem-se inertes diante de tão grande desafio, restando fazer o mais lógico que é a busca e tratamento psiquiátrico, que apesar do que muitos imaginam, nada ou muito pouco tem haver com loucura, pois trata-se de tratamento à base de medicação para conter as crises de transtorno, para que o paciente venha à usufruir de uma vida normal.
Independente disso, como afirmei no começo, a sensibilidade aguçada parece estar presente na grande maioria dos casos, transformando alguns fatores em “gota d’água” para se desencadear as crises, sendo aquela, considerada a arma, enquanto a ansiedade, o gatilho.  Tanto o paciente quanto familiares poderiam se ajudar, prestando mais atenção aos fatores que antecedem as crises, para que identificando-as, possa talvez conter, retardar ou suprimir o tempo de crise, de forma gradativa e progressiva.
Pode começar reduzindo fatores que causam ansiedade, mesmo as pequenas, mas que vão se somando e acumulando, podendo gerar nova crise.  Esta medida serve para analisar, até que ponto os fatores cotidianos e habituais, por si só, corroboram para o disparo das crises.
Outra medida seria registrar, em livro, vídeo ou áudio, o comportamento do paciente (com a anuência dele) para se identificar fatores comuns ou repetitivos que desencadeia as crises, bem como o tempo que leva cada uma.  Para o tratamento psicológico (e mesmo o psiquiátrico), toda informação relativa ao paciente é bem vinda, pois pode ajudar tanto no diagnóstico quanto na forma de tratamento ou da medicação.
                         Transformar um “adversário” em aliado no tratamento, pode ser de grande ajuda.
Por mais “calvário” que seja, é um grito pedindo ajuda e que sozinho não tem condições de se ajudar e precisa de alguém com paciência e espírito solidário para ajudá-lo.

Viver bem é Possível ! – Projeto Conscientizar 

Amadeu Epifânio – Idealizador  
Contatos :   amadeu.epifanio@hotmail.com    
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