sexta-feira, 4 de maio de 2012

As Desigualdades de Jacques Rousseau

As Desigualdades de Jacques Rousseau – Quantos justos ainda podemos salvar ?
                             Vemos, hoje em dia, várias situações que poderiam ser facilmente utilizadas como objeto da nossa discussão sobre a desigualdade humana. 
                             Com a característica de um ser visionário, Rousseau imaginava um ser humano totalmente desprovido de toda e qualquer influência externa ao seu universo natural.
O grau de pureza humano, imaginado por Rousseau, à muito deixou as escalas mais baixas, estando agora ocupando os graus mais elevados de contaminação, de uma sociedade poluída de atrativos, vaidades e preocupações mil, que mantém as pessoas distantes do mundo natural, objetivado e (porque não dizer), sonhado por Rousseau.
As desigualdades mais evidentes dos nossos dias (como na foto) encontram-se nas relações familiares, com interesses entre seus membros bem desiguais entre si, culminando quase sempre em conflitos por interesses pessoais, convenientes e egoístas (quando não mesquinhos), onde a preocupação pela preservação da instituição como uma célula quase virgem de influências, nem se quer é relevado e o que é pior, ficando cada vez mais distante dos poucos temas que ainda são discutidos num jantar.
Com certeza não retrata as desigualdades de Rousseau, ao ver a família perdendo sua identidade e características como entidade modelo e referência para outras que virão, cujo seus membros desde cedo vão se contaminando por uma sociedade pluralizada de tantos anseios, vaidades, revoltas, sentimentos de justiça e vingança.
Nem mesmo os nascimentos deste século pode se dizer que são virgens, visto que os mesmos, já virão predestinados e carregados de códigos genéticos de toda sorte, de seus antecessores ou mesmo ancestrais, tornando cada vês mais difícil o renascimento da realidade idealizada por Rousseau.
Seria realmente muito difícil idealizar ou mesmo tentar imaginar tal mundo, puro e virgem de toda e qualquer contaminação, por mais inocente que fosse, mas que ainda sim, suficiente para criar a desigualdade entre dois seres, humanos e diferentes, que poderiam ser iguais e naturais, praticamente primatas, porém, sem a índole homicida, que antes aplicada à necessidade de sua subsistência, hoje porém, usada de forma vã, hostil, fria e vingativa.
Rousseau imaginava um ser humano puro como a natureza, porém, em se tratando de uma sociedade como a de hoje, já nos bastaria ter pessoas ao menos honestas, com algum senso de ética e moralidade e, se não for pedir muito, um pouco de religiosidade solidária.  Não se pode mudar o que já está feito, mas podemos construir melhor, os filhos que virão.  Só dependerá dos "engenheiros".
                                             Amadeu Epifânio
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