quarta-feira, 23 de maio de 2012


O QUE REALMENTE LEVA UM JOVEM
À EXPERIMENTAÇÃO DE DROGAS ?



               Essa é uma pergunta que para muitos ainda é um enigma.  Muitas são as especulações que se faz à respeito, porém, como a mente das pessoas é totalmente diversa uma das outras, sempre existirá alguém que irá se contrapor as teorias apresentadas.  Existe porém, algo que se deve relevar nessa questão, que seria o conjunto simultâneo de todas possíveis teorias apresentadas até o presente momento.
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Não existe um fator único (exceto nos casos de comorbidade psiquiátrica), que seja responsável por levar um jovem à experimentação por exemplo, de um crack ou cocaína.  O que existe é uma média-aritmética de todos os eventos contidos na mente de um jovem até o fatídico momento de encontro dele com um usuário ou traficante de drogas.
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Vivemos e vivenciamos uma infinidade de situações e eventos todos os dias.  Eventos que vão que se agrupando com demais que absorvemos ontem, anteontem e no mês passado.    Experiências cotidianas, positivas, negativas, tristes, aborrecidas e traumáticas, entre outras.  Tudo isso faz parte de um universo involuntário, que processa tudo e nos devolve em resposta, sempre no momento oportuno de uma necessidade momentânea, como uma única bola de um sorteio que cai repentinamente de um globo com as demais bolas numeradas.
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Ninguém é preparado a vida toda para experimentar uma droga.  A experimentação, para se consumar, pode levar apenas uns poucos segundos, porém, a decisão de fazer já foi sendo processada à algum tempo, resultado da média-aritmédica dos eventos que vivenciou nos últimos dias ou semanas.  O que podemos concluir que a decisão de experimentar um crack ou uma cocaína, não foi produto de um único evento, como um aborrecimento ou uma decepção mas, que estes eventos, combinados com outros acumulados(...), o(a) fizeram consumar o desejo.   O mesmo ocorre num crime, onde as influências podem tanto levá-lo à praticar, como pode também neutralizar os motivos de fazê-lo.  A premeditação, quando ocorre, se dá pela ausência de valores ,  a prevalência de influências negativas, mais a intenção de praticá-lo.
É preciso deixar claro que o desejo de experimentar nunca é voluntário, porque nunca vamos desejar consumir, conscientemente, (como remédio), algo que certamente nos deixará ainda pior, tal como já é amplamente divulgado e conhecido por todos, os malefícios de cada tipo de droga, principalmente através de personalidades artísticas que morreram por overdose.
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A melhor prevenção não está na repressão às drogas, mas sim que, em meio à centena de eventos absorvidos (e inevitáveis) a família seja fator determinante, mas não apenas por sua existência, o que nos dias atuais tem muito pouca influência e representatividade.   
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A família precisa ter presença ativa e significativa na vida dos filhos.  Precisa primar pela harmonia, entrosamento e cumplicidade entre seus membros, mesmo diante de qualquer circunstância adversa que surja.  Isso irá promover uma estabilidade e uma segurança emocional, que será determinante, mesmo diante de eventos negativos e traumáticos na vida dos filhos.
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Quando fazemos uma vitamina, não importa as frutas que farão parte, pois no fim o que se deseja é um sabor que seja agradável e que a satisfação se perpetue por um longo tempo.  Em nossa vida, sabemos bem o que queremos, mas não podemos evitar contrair outras influências mas, a principal influência que vivenciamos no lar, deve ser a mais determinante entre todas, pois só assim, entre todos os eventos que nos influencia, a droga será, para os nossos filhos, a mais insignificante de todas.    Tudo isso referente apenas à experimentação.   A dependência é uma outra história, que também pode ter um final feliz num tempo mais curto do que se espera.
      
                  Amadeu Epifânio
Viver bem é Possível !
Projeto Conscientizar

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