quarta-feira, 7 de setembro de 2011

TRANSTORNO BORDERLINE

TRANSTORNO BORDERLINE DE PERSONALIDADE
Surgiu, ninguém viu e, por usucapião, ficou.

Eu não posso começar este texto sem mencionar que a provável causa que originou este tipo de transtorno bipolar pode, muito provavelmente, ter ligação direta com o ambiente familiar (ou a falta deste).   Com certeza este é um caso mais sério, envolvendo quase que diretamente a família, do que os casos com drogas, álcool ou delinqüência juvenil.  Este tipo de transtorno, à princípio, se deu em virtude de um “casamento” entre ambiente familiar e algum tipo de distúrbio genético que veio junto com a criança ao nascer.   Este tipo de distúrbio, muito provavelmente, pode ter interferido no humor da criança, porém não deixando ela muito diferente das outras crianças, por ter nascido com este distúrbio; apenas à deixou mais perceptiva do que o habitual, percebendo com mais rapidez as variações de mudanças do ambiente que à cerca, tornando-a mais vulnerável e receptiva, mais dos momentos negativos do positivos. 

Neste tipo de Transtorno Borderline, o ambiente tem quase total contribuição na formação deste perfil patológico.  Os sintomas mais freqüentes são sentimentos de vazio crônico, de rejeição e abandono, real ou fantasioso.  Muito facilmente ficam entediadas, buscando algo para fazer e preencher o “vazio”.   Eu sempre digo que vivemos mais pelo emocional do que pelo racional da mente, sendo este o lado que mais trabalha, se formos considerar a quantidade de vezes que precisamos controlar nossas atitudes impulsivas e nossos descontroles emocionais, contudo, imprescindível deve ser a nossa parcela de comprometimento nesse processo de autocontrole.  Um processo que já deveria começar à partir da formação do nosso caráter primário, quando ainda pequeno, advindo de nossos pais, como disciplina, educação, religião, afeto, ética e solidariedade.  Estes funcionariam como sistema operacional, filtrando, administrando e selecionando melhor as informações úteis, daquela que precisam ser descartadas (embora isso, na realidade, nunca aconteça).  Pois bem, a presença “lotérica” daquele distúrbio genético + a falta deste “sistema operacional”, fez com que o lado racional da mente da criança virasse um quarto de bagunça, com informações, conceitos, sentimentos e carências, tudo junto e misturado, sem organização ou prioridades à serem preservadas.  Resumindo: um verdadeiro curto circuito que precisa agora da presença de um bom “eletricista” (Psiquiatra ou Psicólogo) para pôr as idéias no lugar.  

Outros possíveis sintomas decorrentes deste transtorno Borderline, como a automutilação ou mesmo o suicídio, decorre deste curto circuito, alterando e mexendo no senso de recompensa, responsável por alimentar e satisfazer o que nos causa prazer e bem estar e, sentir-se bem com auto-mutilação, com certeza não é algo saudável, nem para a mente e muito menos para o corpo.  Com certeza uma terapia ocupacional há de restabelecer, gradativamente, a re-organização mental e pôr as coisas e idéias em seu devido lugar.   Não criar expectativas de resultado rápido de cura favorece, pois a ansiedade não ajuda muito nessas horas, além ser prejudicial para o tratamento, pois como não sabemos ao certo (em cada um), a extensão real do problema, fica difícil estabelecer prazos, dependendo mais do desejo de cada um, em querer curar-se e voltar a ter uma vida normal e controlada.  

O segredo está em tentar manter o autocontrole e não deixar se levar pelas seqüelas da doença.  Pedir ajuda para que avise quando estiver agindo sob o transtorno e saber aceitar quando a pessoa avisar.  Isso pode e muito ajudar a manter o próprio controle.  Não abandonar a medicação nem o tratamento.  O trabalho deve ser conjunto.  Fazer uso de todos os recursos que estiver ao alcance do borderline, como amigos, namorados, marido, esposa e principalmente o tratamento, e o mais importante: A proximidade com Deus.  A ligação com Êle pode ser a ajuda necessária para manter uma vida mais estável, tanto social quanto familiar.  Essa é uma batalha para ser vencida um dia de cada vês, com paciência, Fé, investigação psicológica, determinação e terapia ocupacional.        

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