quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TRATAMENTO DO DEPENDENTE QUÍMICO É TAMBÉM EXTENSIVO À FAMÍLIA.

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Tratamento, para o dependente químico, é sempre um longo calvário.  Se a previsão para a desintoxicação é de um ano, por exemplo, para o dependente, mais parecem 5 anos e isso apenas no primeiro ano, fora os outros quatro.  Realmente, é uma experiência que ninguém quer ter, muito mesmo ele, o dependente.  E acredite, não era idéia dele aprisionar-se de forma tão dolorosa e maléfica, à droga, independentemente de qual seja, da menos nociva (se é que existe) à mais letal (essa sim existe e muitas).  Não é também, da vontade dos pais (creio eu), ver os filhos dependentes dessa porcaria, contudo, não dá pra descartar completamente a responsabilidade da família nessa fatalidade que é a dependência.  De forma direta ou indireta houve falha ou omissão ou negligência ou passividade ou qualquer outra razão que tenha propiciado tal sinistro, não de forma direta, isto é, à “empurrar” o jovem para a droga (muito embora existem casos semelhantes).  O grande problema é que o jovem perde a estabilidade emocional e psicológica, sempre que a família ou os pais mostram-se distantes, mal querendo saber as coisas que se passa com ele, ficando apenas no diálogo formal e padrão do dia-a-dia.  Em contra partida, os filhos vão se afastando do convívio, buscando compensar seus desconfortos emocionais do lado de fora com os amigos, paqueras, grupos, etc.   O comércio de drogas evoluiu de tal maneira que já faz parte do nosso dia-a-dia, como um produto de prateleira de farmácia; ou seja, mais uma opção para o cérebro, como remédio para conter ou abrandar desconfortos emocionais e, conforme a intensidade do que esteja sentindo, os efeitos colaterais nem de longe são lembrados.  Além das drogas existe uma série de opções de que o jovem poderia dispor para o mesmo propósito, contudo, a seleção do “melhor remédio” (levando-se em conta todas as variantes pertinentes ao seu estado atual mais o que tenha ou não assimilado como princípios, conceitos, valores como vida e família, entre outros), quem faz é a mente e de forma involuntária à vontade consciente do indivíduo; ou seja, se o jovem ou o adolescente não adquiriu, por ele mesmo ou pela família, preceitos éticos, religiosos, solidários e afetivos, deixando seu lado racional “abaixo da reserva”, isto é, quase vazio, a tendência da mente, no intuito de manter o equilíbrio psíquico do indivíduo, é ir buscar lá fora (do corpo), artifícios e subterfúgios que satisfaça as necessidades do corpo, quando do seu desconforto emocional “grave”, isto é, aquele do tipo que não se pode esperar para abrandar o que está sentindo.  É o lado racional do indivíduo que o ajuda a fazer do tempo o melhor remédio para a sua “enxaqueca”.  Portanto, se pra tudo isso acontecer, teve o “dedo” da família, então, mais do que lógico e racional, é desculpar-se para com o filho que sofre as conseqüências dos desencontros que ocorreram em família.  E esse pedido de desculpas deve ser em forma de apoio e acompanhamento durante o tratamento. OK ?

                                                                             Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !
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