quarta-feira, 15 de junho de 2011

DROGAS, BULLYING E PEDOFILIA – Males decorrente da Negligência Familiar.

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É incrível como ainda não paramos para nos atentar deste “detalhe”.   Passamos a vida inteira cobrando das autoridades providências e soluções à cerca destes males porém não paramos um minuto se quer para perceber que estes males (e outros decorrentes), são na verdade resultados da omissão e negligência para com a nossa própria família; nossos filhos, nossas esposas, nossos maridos. Nossa casa, como núcleo de convivência familiar (ao contrário do que cômodamente pensamos), não foi invadida por esses males, mas entrou porque teve seus laços afetivos enfraquecidos, em razão da busca desenfreada por interesses econômicos, para justificar “descaradamente” sua sustentabilidade financeira, sacrificando para isso, relações de caráter mais próximo e afetivo para com os filhos e também entre cônjuges.  Em face disso, do enfraquecimento destas relações, a instituição permitiu que gradativamente, que as drogas (que começou pela maconha), entrassem nos lares atingindo seu lado mais vulnerável, ou seja, os filhos, que se deixaram levar não pelas drogas, mas pelo seu principal apelo promocional, que era o de fazer esquecer-se dos problemas que os afligia, o sentimento de abandono advindo dos próprios pais.  À medida que estes sintomas se tornaram mais evidentes e visíveis, as drogas inovaram e diversificaram, aumentando quase que de forma imediata seu poder de dependência, deixando praticamente irreversível a retomada do contrôle da própria vida, pelo jovem dependente.  Antes o problema fosse só esse, ainda teríamos apenas um dos males para resolver ou contornar, mas infelizmente as drogas, apesar dos estragos, ainda não foi suficiente para provocar um terremoto na instituição e a negligência continuou e suas conseqüências se diversificaram de forma horizontal, isto é, fazendo concorrência com as drogas, como ocorre com o bullying, tanto pra quem pratica quanto para os que sofrem (ambos decorrentes de uma mesma procedência, ou seja, omissão e negligência dos pais.  Mas isso ainda é pouco, não sendo suficiente ainda para sacudir aqueles que um dia, tomados por um sentimento em comum de amor, afeto e cumplicidade, resolveram gerar uma terceira vida em seu meio.  Resta saber com que propósito.  Pois bem.  Muito além do que seria o propósito ideal, ao menos o de proteger este pequeno e inocente ser e ainda tomados pela suposta preocupação de sustentabilidade financeira do lar, deixou-se de lado, além do enfraquecimento afetivo (conforme já mencionado), o interesse dos pais quanto à observar melhor o perfil dos filhos, estabelecendo nestes um padrão que lhe seja peculiar e de fácil percepção, para que ao menor sinal de mudança de comportamento, pudesse ser de pronto identificado e posteriormente sanado, fosse qual fosse o problema.  Como também passou batido essa característica e, em decorrência de mais essa negligência, surgiu então a terceira grande praga, à recair mais uma vês sobre elo mais fraco: os filhos, mais especificamente a criança.  Obviamente que estou me referindo à Pedofilia (independentemente de suas características ou “modus operand”).  Como vêem, uma coisa decorrente de outra e não de forma gratuita, como pensam uma grande maioria, mas que foi convidada a entrar, em decorrência de uma série de falhas, como falta de afeto, de diálogo, de entendimento, de convivência harmoniosa, de lazer em conjunto, etc.  Lamentavelmente, nestes males, o dinheiro, principal desculpa e justificativa, servirá apenas para remediar o que poderia ter sido facilmente evitado.  Sem dúvida: Somos pelo o que somos.


                                                                                                  Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !                                                  amadeu.epifanio@hotmail.com

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